tano fez de Nature Boy, linda! E tem Trapaça, de Herman Torres, Último Drama, de Mauro Kwitko (o mesmo de Mal Necessário). Tem Luli/Lucina, Joyce e a música que dá nome ao disco - Seu Tipo - de Eduardo Dusek e Luiz Carlos Góis. Ainda Regravei a Rosa de Hiroxima, arranjo de Joyce e uma música do João Ricardo - Tem Gente com Fome - em cima de um poema de Solano Trindade. O Disco é isso. Diferente sim. E acho que no tempo certo! Não pela minha idade. Digo mais pelo tempo de trabalho: sétimo ano de carreira e sétimo disco - um número forte, não é? Pela primeira vez estou de cara limpa! A maquilagem eu usava propositadamente para me esconder. Tinha medo que o Ney-público interferisse no Ney-indivíduo. Mas lentamente eu já vinha tirando isso. no próximo show - fevereiro provavelmente - vou usar um terno. Não porque finalmente eu tenha entrado nos eixos. Eu apenas vou usar o terno como uma fantasia, uma roupa como aquelas que eu usava na fase do bicho! O que aconteceu é que, com o tempo, fui amadurecendo, ficando mais seguro de mim. Não pretendo me maquilar também! Não sei como vai ser porque também nunca fiz um show sem maquilagem. Acho tudo isso meio desafio, para mim. Eu sempre me separo do Ney-no-palco! São duas coisas distintas! Mas agora, sinto que os dois vão se encontrar pela primeira vez... e quero ver o que vai acontecer! ... (Entrevista Revista Fatos e Fotos, reportagem de Lúcia Leme, novembro de 1979).
Ney pediu ao costureiro Hugo Rocha que desenhasse algo diferente, um terninho igual ao que a cantora Simone usou em seu recente show no Canecão. "Quero enxugar meu visual, mostrar que sou um cantor", é sua declarada intenção com o novo garda-roupa. Com o Teatro Carlos Gomes completamente lotado, Ney Matogrosso entra em cena e surpreende o público: o cantor surge vestindo um elegante terno branco, com colete e gravata. Durante as primeiras quatro músicas ele se mantém com o terno, aparecendo em seguida de malha. Momento de grande emoção foi registrado quando Ney declama o poema de Solano Trindade e Grande Otelo subiu ao palco para cumprimentá-lo pela belissima escolha. E depois mudando novamente de roupa atrás de um biombo no palco, canta a música Fala, e encerra o show com a música Um Índio.




Músicas
Seu Tipo - Eduardo Duseke e Luiz Carlos Gois
Coração Aprisonado - Luli e Lucina
O Seu Amor - Gilberto Gil
Ardente - Joyce
Não Há Cabeça - Ângela Ro Ro
Doce Vampiro - Rita Lee
Fala - João Ricardo/Luli
Encantado - Caetano Veloso
Barco Negro - Piratini/Caco Velho
Balada da Arrasada - Ângela Ro Ro
Ando Meio Desligado - Rita Lee/Arnaldo Batista
Falando de Amor - Tom Jobim/Vinícius de Moraes
Último Drama - Mauro Kwitko
Me Roi - Luli/Lucina
Napoleão - Luli/Lucina
Marina Marinheira - Geraldo Vandré
Tem Gente com Fome - Solano Trindade
Cachorro Vira Lata - Alberto Ribeiro
Rio de Janeiro - Ari Barroso
Um Índio - Caetano Veloso
Músicos
Grupo Terceiro Mundo
Jorge Luiz de Carvalho (Jorjão) - baixo, violão e voz
Jurim Moreira (Jurim) - Bateria
Márcio Cotti Miranda (Marcinho) - teclados, vocal
José Paulo Souza (Zepa) - , guitarra, viola
Luiz Paulo Guanabara (Luiz Paulo) - sopros
Sidney Martins Moreira (Cidinho) - percursão

5 comentários:
Caro Paulo Cesar, disponibilizei em meu blog, APÓLOGO 11, 2 reportagens inéditas com os Secos & Molhados escaneadas da extinta revista POP. Estão à sua disposição:
http://apologo11.blogspot.com/2008/07/ascenso-meterica-da-banda-secos.html
Muito bom, parabéns. E olha que nem sou fã do Ney! Abraços.
Olá,
Seu blog é ótimo!!
é dificil reunir tanto material interessante do ney em um lugar só.. estou adorando!! parabéns!
beijos!!!
Você é magnífico, sou apaixonada por seu trabalho e por sua voz!
Muito obrigada meu querido, por disponibilizar seu acervo.
Um beijo.
Olá, Boa Noite!
Me chamo Renato, e estou precisando de imagens do Secos e Molhados.
E possível vc me enviar essas imagens?
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